Existem evidências de que as doenças do coração podem ter sua origem na infância e na adolescência. A inatividade física, a alimentação inadequada e o mau funcionamento intestinal têm sido associados ao aumento do colesterol total e também de doenças cardiovasculares e diabetes. Estudos mostram que entre 28% e 40% das crianças e adolescentes brasileiros, principalmente os obesos, têm o colesterol total do corpo acima de 170 mg/dL, que supera o ideal de 150 mg/dL. Contudo, mais importante do que estes valores é entender como estão 3 índices:
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o exame de sangue para dosar o colesterol deve ser feito em crianças com mais de 4 anos, a cada cinco anos (ou anualmente, quando há histórico familiar). Nas obesas, a avaliação do perfil lipídico deve ser repetido pelo menos duas vezes por ano.
Se o exame acusar aumento dos níveis sanguíneos de colesterol total, colesterol LDL e colesterol não HDL, a primeira providência é adequar a dieta, diminuindo a oferta de alimentos ricos em gordura saturada e trans, como queijos amarelos, bolachas recheadas, sorvete e chocolate e aumentando a oferta de alimentos ricos em gordura monoinsturada e ômega-3, como azeite, castanhas, abacate e peixes.
Outra estratégia importante é aumentar o consumo de alimentos ricos em fibras solúveis, já que estas diminuem a absorção de colesterol pelo intestino. Estas fibras estão presentes nas frutas, legumes, feijão e outras leguminosas (soja, ervilha, lentilha, grão de bico), no gergelim e na aveia.
A atividade física também é fundamental pois ajuda a controlar o peso corporal, reduzir os níveis de colesterol e triglicerídeos sanguíneos, além de manter a massa magra.
Níveis ideais: LDL abaixo de 110 mg/dL e HDL entre 35 e 40 mg/dL