Achados do UT Southwestern Medical Center sugerem que certos tipos de gordura da dieta (em especial o ácido palmítico) conseguem chegar ao cérebro e fazer com que o mesmo envie mensagens às células do corpo para que ignorem os sinais supressores do apetite, enviados por hormônios reguladores do peso, como insulina e leptina. Normalmente nosso corpo sabe quando já comemos o suficiente, porém muitas vezes quando estamos comendo um alimento rico em gordura isto não acontece e ao invés de comermos apenas um pote de sorvete, comemos dois, três... De acordo com a Dra. Deborah Clegg (foto) a bioquímica do cérebro pode mudar muito rapidamente e é claramente influenciada pela alimentação. A pesquisadora acredita que o efeito pode durar até 3 dias, por isto quando exageramos no sábado podemos ainda estar famintos - e comendo mais do que deveríamos - na segunda.
No presente estudo, publicado na edição de setembro do Journal of Clinical Investigation as dietas ou infusões foram feitas utilizando-se ácido palmítico (encontrada na gordura da carne, leite, queijos e manteiga), ou o ácido graxo oléico (presente no azeite de oliva, no óleo de palma e no óleo de semente de uva). Os pesquisadores mostraram que o ácido palmítico conseguiu inibir a ativação da leptina e da insulina. Por isto, apesar de a pesquisa não ter sido feita com seres humanos a recomendação de diminuição do consumo de gorduras saturadas (principalmente do ácido graxo palmítico) deve ser reforçada, já que os efeitos no cérebro acontecem mesmo antes de começarmos a engordar.
O próximo passo da pesquisa será determinar o tempo necessário para reverter completamente os efeitos da dieta rica em gordura.
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