Estudo em ratos mostrou que a exposição durante a gestação à uma dieta gordurosa produz mudanças permanentes no cérebro do feto levando à obesidade nas crianças. A pesquisa conduzida por pesquisadores da Universidade Rockefeller foi publicada ontem (12/11/08) na revista Neuroscience, e fornece mais uma chave para a compreensão dos mecanismos de programação fetal envolvendo a produção de novas células no cérebro. Os neurônios formados podem posteriormente conduzir a um consumo excessivo de alimentos. Outras pesquisas em animais já havia mostrado que o consumo excessivo de triglicerídeos (gorduras) estimula compostos químicos no cérebro conhecidos como peptídeos orexigênicos que fazem com que sintamos mais fome. Estudos anteriores também verificaram que mulheres obesas e diabéticas dão a luz a bebês mais gordos que, se expostas a muita gordura durante a infância tem uma tendência grande à obesidade em fases posteriores. Todos estes estudos tem em comum as hipóteses de que um exposição ainda uterina a um excesso de lipídos pode programar o cérebro de tal forma que o ganho de peso passa a ser provável. Apesar de a maioria dos estudos ter sido feitos em animais, acredita-se que mecanismos similares ocorram em seres humanos devido a maior vulnerabilidade do cérebro em formação. Assim, mais uma vez comprova-se a necessidade de uma alimentação saudável mesmo antes do nascimento.
Fonte da imagem: http://www.moonbattery.com/archives/20-Week_Fetus.gif
Adaptado de: http://newswire.rockefeller.edu/?page=engine&id=850