Deficiência de vitamina D está ligada a Parkinson e Alzheimer

Estudo publicado em outubro na revista científica Archives of Neurology mostrou que 55% dos pacientes com doença de Parkinson tem níveis deficientes de vitamina D. Na doença de Alzheimer este percentual também é maior do que em pessoas idosas saudáveis (41% x 36%). O achado acrescenta novas evidências de que doenças neurodegenerativas levam a deficiência de vitamina D. Tal nutriente essencial é produzido em nosso organismo com a exposição solar e também pode ser conseguido pelo consumo de laticínios, salmão, atum, alimentos (como cereais) fortificados e suplementos alimentares.

Um dos problemas é que a habilidade de produzirmos vitamina D pela exposição à radiação solar UV-B descresce com a idade, colocando os indivíduos idosos em risco. Ainda não se sabe se indivíduos com as doenças citadas ficam deficientes pois se espõem menos ao sol ou se a deficiência está envolvida na gênese ou progressão das mesmas. A insuficiência de vitamina D é diagnosticada se a concentração sanguínea for menor que 30 nanogramas/ml da 25-hydroxivitamina-D e a deficiência é diagnosticada quando os níveis caem abaixo de 20 nanogramas/ml. Níveis adequados de vitamina D devem ser mantidos já que a diminuição também aumenta o risco de câncer, doenças auto-imunes, esclerose múltipla e diabetes (Evatt et al., 2008). 

Vitamina D e imunidade

Valor laboratorial de vitamina D é aquele para manter sua absorção de cálcio. Mas pode não sobrar vitamina D para suas outras funções hormonais e imunológicas.

Estudo publicado agora em 2022 mostrou que pessoas com vitamina D menor que 20 tiveram 14 vezes mais chance de morrer do que os pacientes com vitamina D maior que 40 ng/ml (Dror et al., 2022). Para pacientes com neuroinflamação indica-se níveis entre 60 e 90 ng/ml.

Não sabe seu valor no exame de sangue? O ideal é fazer. Não dá? Então tome pelo menos uma suplementação mínima de 2.000 UI. Algumas boas marcas:

- Now

- Vitafor

- Puravida (com vitamina A e K2)

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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