Em um estudo que será publicado na edição de maio do American Journal of Preventive Medicine, os pesquisadores apresentam os resultados de pesquisas feita com 41 donos ou executivos responsáveis pela elaboração dos cardápios de restaurantes nos EUA.
Os estabelecimentos foram selecionados baseados em sua posição no mercado, rápido crescimento ou diversidade de itens apresentados nos cardápios. Estes estabelecimentos participantes da pesquisa representam cerca de 28% do mercado americano, movimentando aproximadamente 50 milhões de dólares anualmente. Para a maioria dos entrevistados os itens do cardápio são escolhidos com base na lucratividade dos pratos. Cerca de 15% dos estabelecimentos também escolhem alimentos que sejam mais fácil de higienizar e manter. Saúde e alimentação balanceada foram mencionados por apenas 9 dos 41 estabelecimentos. Alegam que os alimentos mais saudáveis não são tão bem aceitos, custam mais, são difíceis de higienizar ou preparar e necessitam de maior espaço para estoque. Ou seja, se o consumidor não exigir este tipo de produto ele não fará parte do cardápio, o que acaba dificultando a vida de muitos consumidores que não conseguem melhorar suas dietas visto que as opções são poucas.
No Brasil, muitas pessoas não conseguem almoçar em casa, por isso tenho ouvido com maior freqüência, pessoas relatando que, apesar do desejo de se alimentar melhor, deparam-se com a falta de opções disponíveis nas lanchonetes e restaurantes da cidade. Você concorda com isso? Diga-me se está ou não conseguindo se alimentar bem quando está no trabalho, faculdade ou em outra atividade.
Para saber mais:
Karen Glanz, PhD, MPH; Ken Resnicow, PhD; Jennifer Seymour, PhD; Kathy Hoy, EdD; Hayden Stewart, PhD; Mark Lyons, MS; and Jeanne Goldberg, PhD. "How Major Restaurant Chains Plan Their Menus: The Role of Profit, Demand, and Health". American Journal of Preventive Medicine, v. 32, n. 5, maio 2007.