Dor durante a relação sexual e o papel da alimentação

A dor durante a relação sexual pode acometer homens e mulheres mas é mais comum no sexo feminino. As causas principais nas mulheres são a baixa lubrificação vaginal, em decorrência da menopausa, uso de medicamentos ou falta de excitação antes da relação sexual. Também pode ser ocasionada por infecções do trato urinário, inflamação da vagina, cistite, miomas uterinos, síndrome do intestino irritável e endometriose.

A endometriose acomete cerca de 6 milhões de mulheres no Brasil. É caracterizada pelo crescimento do tecido endometrial fora do útero e também pode levar a infertilidade. A causa não está totalmente clara, mas desequilíbrios hormonais e fatores genéticos parecem estar associados ao problema.

Após o diagnóstico, feito por videolaparoscopia, ultrassonografia, ecografia ou ressonância magnética o ginecologista propõe um tratamento. O mesmo depende do nível de dor sentido pela mulher, de sua idade, tolerância a medicamentos e também da sua vontade de engravidar.

Um nutricionista também deve ser consultado já que a dieta rica em alimentos antiinflamatórios também contribui para o alívio da dor. A curcumina do açafrão vem sendo estudada por suas capacidade em reduzir o estresse oxidativo no útero (Swarnakar e Paul, 2009), diminuir a concentração de estrogênio e a proliferação de células do endométrio (Zhang et al., 2013). Outros alimentos com efeitos efeitos benéficos são a soja fermentada (Tsuchiya et al., 2007) e as algas.

Algas contém fibras (alginatos), carotenóides (fucoxantinas), polissacarídeos e polifenóis com propriedades antiinflamatórias (Teas et al., 2013). Os polifenóis das algas conseguem bloquear receptores de estrogênio (Skibola et al., 2005; Teas et al., 2009). Como resultado há redução do fluxo menstrual e do número de dias de menstruação e menos dor (Skibola, 2004).

As algas são comuns na culinária oriental (como sushi, temaki e sopas) mas também podem ser adicionadas em saladas, no arroz ou em molhos. Outra opção são os suplementos de algas como Chlorella, Espirulina e Fucus Vesiculosus. Consulte seu nutricionista para saber mais.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/