Gengibre melhora glicemia de mulheres com diabetes gestacional

A intolerância à glicose que ocorre pela primeira vez durante a gravidez é chamada de Diabetes Mellitus Gestacional (DMG). A prevalência de DMG varia entre 1 a 14% dependendo da população estudada. É uma das complicações mais comuns da gravidez. Fatores de risco incluem gravidez após os 35 anos, DMG em gestação anterior, perda de glicose na urina, história familiar de Diabetes Mellitus (DM) e nascimento de um bebê macrossômico (com excesso de peso).

Alguns estudos mostraram que o DMG está associado a várias outras complicações para mãe e bebê, como excesso de líquido amniótico, hipoxemia (baixa oxigenação fetal), redução de potássio para o feto, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e maior necessidade de cesariana para evitar complicações no parto.

Um estudo clínico aleatorizado duplo-cego controlado por placebo acompanhou 70 mulheres diagnosticadas com DMG, que estavam pelas 24–28  semanas de gravidez. As mulheres foram divididas em dois grupos. O primeiro grupo recebeu 126 comprimidos com um extrato de gengibre e o grupo do placebo recebeu 126 comprimidos de placebo durante seis semanas. O açúcar no sangue sérico 2 h pós-prandial (glicosePP), glicose em jejum (GJ) e insulina, bem como o índice HOMA foram analisados antes e seis semanas após a intervenção (Hajimoosayi et al., 2020).

A média de GJ, insulina em jejum e índice HOMA foram reduzidos significativamente no grupo gengibre seis semanas após a intervenção em comparação com o grupo placebo. Já a média de glicose PP não apresentou redução significativa nos dois grupos. Neste caso, além do gengibre recomenda-se uma dieta de baixo índice glicêmica e rica em fibras.

Gengibre e saúde

Muitos fitoterápicos são usados para tratar as doenças em todo o mundo. O gengibre é uma das especiarias e alimentos funcionais amplamente utilizados. As propriedades medicinais atribuídas ao gengibre são propriedades antiartríticas, antienxaquecas, antitrombóticas, antiinflamatórias, antináuseas, antivômitos, hipolipidêmicas, hipoglicêmicas e analgésicas.

O gengibre contém acetato de etila, que inibe enzimas envolvidas no metabolismo de carboidratos, como ɑ-amilase e ɑ-glucosidase. Além disso, o extrato de gengibre e seus princípios pungentes (especialmente gingerol) aumentam a sensibilidade à insulina. O gengibre também causa um aumento na capacidade antioxidante do plasma, reduzindo o risco de problemas renais em diabéticos.

O chá de gengibre também é recomendado para gestantes que possuem muitos gases ou enjoos. Saiba mais no curso online prevenção e reversão do diabetes.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/