Formas mais e menos biodisponíveis da vitamina K

A vitamina K funciona como uma coenzima durante a síntese da forma biologicamente ativa de uma série de proteínas envolvidas na coagulação do sangue e no metabolismo ósseo. Existe naturalmente na natureza em duas formas: filoquinona (vitamina K1) e menaquinona (vitamina K2). Há ainda um composto sintético chamado menadiona (vitamina K3). A filoquinona está presente principalmente em alimentos de origem vegetal enquanto a vitamina K2 está presente mais frequentemente em alimentos de origem animal.

Um dos papéis da vitamina K está relacionado com a coagulação sanguínea. Tanto carências quanto quantidades exageradas de vitamina K são prejudiciais e neste vídeo discuto as formas de avaliação e suplementação.

Devido à falta de dados para estimar uma necessidade média, uma Ingestão Adequada (IA) é definida com base em dados representativos de ingestão dietética de indivíduos saudáveis. O IA para homens e mulheres é de 120 e 90 μg/dia, respectivamente. Nenhum efeito adverso foi relatado para indivíduos que consomem quantidades maiores de vitamina K, portanto, um Nível de Ingestão Superior Tolerável (UL) não foi estabelecido.

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A forma predominante de vitamina K na dieta é a filoquinona de vegetais de folhas verdes. A filoquinona na forma de espinafre cozido foi relatada como 4% mais biodisponível do que a de um suplemento de filoquinona. Três vezes mais filoquinona foi absorvida quando a gordura é consumida com o espinafre (como azeite, óleo de coco ou manteiga).

A vitamina K não é bem absorvida por pacientes que apresentam síndromes de má absorção de gorduras ou que tomam medicamentos para inibir a absorção de lipídios da dieta.

Suplementos de vitamina E podem antagonizar a absorção de vitamina K. O excesso de vitamina A também reduz a absorção intestinal de vitamina K, assim como vitamina D em excesso tem o mesmo efeito. Isto não quer dizer que não possam ser suplementadas juntas mas vale a pena dosar valores plasmáticos. Exames nutrigenéticos também contribuem para a definição da melhor conduta.

O tratamento da deficiência consiste em suplementos de altas doses ou injeções, acompanhada de uma dieta balanceada. Em relação à forma química da vitamina B1, é possível encontrar suplementos orais contendo filoquinona. A biodisponibilidade é baixa. Por isso, apesar da recomendação para adultos ser de 90 a 120 mcg, a dosagem usual em suplementos começa em 1 mg.

A suplementação também pode ser feita com o uso de vitamina K2, nas formas de menaquinona (média biodisponibilidade) e K2 MK-7 (alta biodisponibilidade).

Estas vitaminas são comumente suplementadas juntamente com cálcio e magnésio, reduzindo o acúmulo de cálcio em artérias. A vitamina K2 MK-7 é obtida a partir do natto, tradicional prato japonês, derivado da fermentação da soja. Como a absorção é maior a dose utilizada pode ser menor.

Marque uma consulta para estudarmos suas necessidades e melhor forma de suplementação.Consulte um nutricionista em relação às dosagens recomendadas para seu caso.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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