36 questões para se apaixonar

Um eperimento popular tentou avaliar como as pessoas tornam-se intimas e apaixonam-se. As chamadas 36 perguntas para se apaixonar são um conjunto de perguntas desenvolvidas na década de 1990 por pesquisadores para ver se dois estranhos podem desenvolver uma conexão íntima apenas fazendo uns aos outros uma série de perguntas cada vez mais pessoais.

O experimento se tornou extremamente popular depois que a coluna Modern Love do New York Times publicou um ensaio de Mandy Len Catron em 2015 sobre sua experiência tentando as perguntas com um conhecido com quem ela se casou. Aqui estão as perguntas, quebra gelo dos encontros:

Questões do conjunto 1

  1. Se pudesse escolher qualquer pessoa no mundo, quem você gostaria de convidar para jantar?

  2. Você gostaria de ser famoso? De que maneira?

  3. Antes de fazer uma ligação, você costuma ensaiar o que vai dizer? Por quê?

  4. O que seria um dia "perfeito" para você?

  5. Quando foi a última vez que você cantou para si mesmo? Para outra pessoa?

  6. Se você pudesse viver até a idade de 90 e reter a mente ou o corpo de uma pessoa de 30 pelos últimos 60 anos de sua vida, o que você gostaria?

  7. Você tem um palpite secreto sobre como vai morrer?

  8. Cite três coisas que você e seu parceiro parecem ter em comum.

  9. Por que na sua vida você se sente mais grato?

  10. Se você pudesse mudar alguma coisa na maneira como foi criado, o que seria?

  11. Reserve quatro minutos e conte ao seu parceiro a história de sua vida com o máximo de detalhes possível.

  12. Se você pudesse acordar amanhã tendo adquirido qualquer qualidade ou habilidade, qual seria?

Questões do Conjunto 2

  1. Se uma bola de cristal pudesse lhe contar a verdade sobre você, sua vida, o futuro ou qualquer outra coisa, o que você gostaria de saber?

  2. Existe algo que você sonha em fazer há muito tempo? Por que você não fez isso?

  3. Qual é a maior conquista da sua vida?

  4. O que você mais valoriza em uma amizade?

  5. Qual é a sua memória mais preciosa?

  6. Qual é a sua memória mais terrível?

  7. Se você soubesse que em um ano morreria repentinamente, mudaria alguma coisa na maneira como está vivendo agora? Por quê?

  8. O que amizade significa para você?

  9. Que papéis o amor e o carinho desempenham em sua vida?

  10. Alterne compartilhar algo que você considera uma característica positiva de seu parceiro. Compartilhe um total de cinco itens.

  11. Quão próxima e calorosa é sua família? Você acha que sua infância foi mais feliz do que a da maioria das outras pessoas?

  12. Como você se sente a respeito de seu relacionamento com sua mãe?

Questões do Conjunto 3

  1. Faça três afirmações verdadeiras de "nós" cada. Por exemplo, "Nós dois estamos nesta sala sentindo ..."

  2. Complete esta frase: "Eu gostaria de ter alguém com quem pudesse compartilhar ..."

  3. Se você fosse se tornar um amigo íntimo de seu parceiro, compartilhe o que seria importante para ele saber.

  4. Diga ao seu parceiro o que você gosta neles; seja muito honesto desta vez, dizendo coisas que você não pode dizer a alguém que acabou de conhecer.

  5. Compartilhe com seu parceiro um momento embaraçoso de sua vida.

  6. Quando foi a última vez que você chorou na frente de outra pessoa? Por você mesmo?

  7. Diga ao seu parceiro algo de que você já gosta nele.

  8. O que é sério demais para se brincar?

  9. Se você morresse esta noite sem oportunidade de se comunicar com ninguém, o que mais se arrependeria de não ter contado a alguém? Por que você não disse a eles ainda?

  10. Sua casa, contendo tudo o que você possui, pega fogo. Depois de salvar seus entes queridos e animais de estimação, você tem tempo para fazer uma corrida final com segurança para salvar qualquer item. O que seria? Por quê?

  11. De todas as pessoas em sua família, cuja morte você consideraria mais perturbadora? Por quê?

  12. Compartilhe um problema pessoal e peça o conselho de seu parceiro sobre como ele pode lidar com isso. Além disso, peça a seu parceiro que reflita sobre como você parece estar se sentindo a respeito do problema que escolheu.

A pesquisa por trás das 36 perguntas.

As 36 perguntas foram elaboradas para ajudar duas pessoas a revelarem gradualmente mais e mais sobre si mesmas, bem como identificar as maneiras pelas quais são semelhantes e dizerem em voz alta o que gostam uma da outra. Esta combinação de auto-revelação, semelhanças percebidas e estar aberto para ficar perto um do outro é o que foi descoberto para acelerar a criação de sentimentos de proximidade e intimidade.

As perguntas não foram especificamente elaboradas para ajudar as pessoas a se apaixonarem - elas simplesmente tratam de criar proximidade. São usadas em muitos outros estudos de psicologia, tanto para ajudar casais a se aproximarem, quanto para ajudar as pessoas a reduzir o preconceito racial.

Dois estranhos podem se apaixonar pelas 36 perguntas?

As 36 perguntas ajudaram pelo menos alguns casais a se apaixonarem, embora outros não tenham tido tanta sorte em usá-las. Catron, a redatora do ensaio viral do Times, casou-se com o homem com quem ela fez o experimento. Mas, se você não se apaixonar pode pelo menos dizer que chegou ao final do processo conhecendo mais da outra pessoa (seja amigo, irmão, pretendente…).

Como funciona a paixão e o amor? Quando conhecemos alguém interessante e nos apaixonamos, o cérebro torna-se obcecado pelo outro. Uma mulher que engravida fica obcecada pelo seu bebê. E nas relações românticas acontece o mesmo. Isto porque o cérebro produz uma série de substâncias químicas. O coração pode disparar, a boca seca, a pupila dilata, a mãe sua. Há uma atividade noradrenérgica e glutamatérgica gigantesca no cérebro. Surge ciúme, sentimento de posse, euforia. Não é amor, é química e dura alguns meses ou poucos anos. Se o contato se mantém o cérebro vai se regulando e os neurotransmissores começam a produzir mais GABA, ocitocina, serotonina. Essa fase pode durar algum tempo, alguns anos ou a vida inteira. O amor é um comportamento construindo. Enquanto você alimenta essa relação e cria vínculos (companheirismo, parceria) o amor permanece. Nos sentimos bem quando ajudamos o outro, quando não ferimos.

Mas vínculos podem ser quebrados se não alimentados. Vínculos se desfazem pois a atividade serotoninérgica, gabaérgica, glutamatérgica que mantém relacionamentos a longo prazo vai diminuindo. Amor é ação, não é fala. Suas ações é que alimentam esses neurotransmissores. Enquanto você ajuda, você apoia, você segura a mão o vínculo é mantido. Ou seja, você pode criar um vínculo inicial com as perguntas acima mas esse vínculo pode se desfazer se você não agir. Amar é cuidar, é dar-se, é estar presente.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/