"Sal marinho" é melhor? Nem sempre

O sal é o tempero mais utilizado na culinária. Assim como o refinado, o sal marinho também é formado por cloreto de sódio (NaCl) e obtido a partir da evaporação da água do mar. No entanto, ele não passa pelo processo de refinamento, o que faz com que mantenha os minerais e nutrientes e dispense a adição de outros ingredientes químicos. O sal marinho é comercializado em sua coloração natural, que varia entre rosa, cinza, preta ou branca. Alguns tipos de sal marinho populares são o sal grosso e o sal rosa do Himalaia.

Porém, nem todo sal marinho é melhor. No Brasil o sal é iodado, ou seja recebe iodo para a redução do risco de bócio e hipotireoidismo. Contudo, a iodação do sal refinado e do sal marinho pode ser feito com iodeto de potássio, que tem baixa toxicidade, mesmo em alta concentração, ou com iodato de potássio, que parece exercer ação tóxica, mesmo em baixas dosagens (Singalavanija, Ruangvaravate & Dulayajinda, 2000; Ershad, Kodumayil & Alessai, 2017). Muitas marcas usam o iodato de potássio. Neste caso, é melhor comprar o sal refinado, mais comum, mais barato, se este tiver sido iodado com iodeto de potássio, que além de tudo protege contra o dano oxidativo (Milczarek et al., 2013).

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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