Eliminação do excesso de estrogênios

A destoxificação de estrogênios (ou metabolismo dos estrogênios) é o processo pelo qual o corpo transforma e elimina os estrogênios usados (como o estradiol e a estrona), principalmente através do fígado e intestinos. Esse processo é fundamental para manter o equilíbrio hormonal e evitar o acúmulo de metabólitos potencialmente prejudiciais que podem estar relacionados a condições como síndrome estrogênica, endometriose, SOP, miomas, e até câncer de mama.

Etapas da destoxificação de estrogênios

A eliminação do excesso de estrogênios acontece principalmente no fígado, em 3 fases:

Fase 1 (Hidroxilação - via citocromo P450):

  • Transforma o estrogênio em três principais formas:

    • 2-OH-estrona → "bom" estrogênio (protetor)

    • 4-OH-estrona → potencialmente cancerígeno

    • 16α-OH-estrona → associado ao crescimento celular (não tão favorável)

Objetivo: Favorecer a via 2-OH. Crucíferas (brócolis, couve, repolho) – contêm indol-3-carbinol (I3C) e DIM, que favorecem a via 2-OH. Chá verde – contém catequinas que ajudam na fase 1.

Fase 2 (Conjugação - metilação, sulfatação, glucuronidação):

  • Torna esses metabólitos solúveis para excreção.

  • A metilação, por exemplo, "neutraliza" o 2-OH. Vitaminas do complexo B são essenciais.

  • Alho, cebola, brócolis – ricos em enxofre, auxiliam a fase 2.

Fase 3 (Excreção via bile/intestino e urina):

  • Os metabólitos são eliminados do corpo.

  • Um intestino saudável impede a reabsorção de estrogênios.

  • Fibra alimentar – ajuda na eliminação via intestinos.

  • Água suficiente – para eliminação renal.

Como apoiar naturalmente a destoxificação dos estrogênios

Suplementos (com acompanhamento):

  • DIM (diindolilmetano)

  • Calcium D-glucarate – ajuda a prevenir reabsorção de estrogênio.

  • Vitamina B6, B12, ácido fólico (metilados) – suportam a metilação.

  • Magnésio – cofator para várias enzimas de detox.

  • Probióticos – para manter a saúde intestinal e evitar a reabsorção.

Evitar "xenoestrogênios":

  • Plásticos (BPA), cosméticos com parabenos, agrotóxicos.

  • Preferir produtos naturais/orgânicos sempre que possível.

  • Lembre que nem toda marca de suplemento é boa, contendo corantes, conservantes, estabilizantes e outros aditivos ruins para sua saúde.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Cetose Nutricional e Epigenética: Uma Nova Fronteira na Obesidade e Câncer

Você sabia que o que comemos pode alterar a forma como nossos genes se expressam? A ciência chama isso de epigenética, e ela tem se tornado cada vez mais relevante na prevenção e no tratamento de doenças como a obesidade e o câncer. Um exemplo impressionante disso vem da cetose nutricional — um estado metabólico induzido por dietas muito pobres em carboidratos e ricas em gorduras.

O que é cetose nutricional?

A cetose ocorre quando o corpo, com pouco carboidrato disponível, passa a queimar gordura como principal fonte de energia, produzindo substâncias chamadas corpos cetônicos. Esse estado pode ser alcançado por meio da dieta cetogênica.

Epigenética: a chave invisível dos genes

Enquanto nossos genes são como o “hardware” do corpo, a epigenética é o “software” que diz quais genes devem ser ativados ou silenciados. Um dos mecanismos mais estudados é a metilação do DNA, que pode "desligar" genes perigosos — como os que promovem o câncer — ou ativar genes protetores.

O que dizem os estudos?

Pesquisas recentes mostram que a cetose nutricional altera a metilação de genes relacionados ao câncer, tanto em mulheres com obesidade quanto em células de câncer de mama cultivadas em laboratório. Isso significa que, ao modificar o ambiente metabólico com a dieta, o corpo pode interferir na expressão de genes ligados ao desenvolvimento tumoral.

Entre os efeitos observados:

  • Redução da atividade de genes pró-câncer.

  • Aumento da metilação em regiões promotoras de genes oncogênicos (o que tende a silenciar esses genes).

  • Influência positiva no metabolismo celular e na inflamação, dois fatores cruciais tanto na obesidade quanto no câncer.

O que isso significa na prática?

Para mulheres com obesidade — que já apresentam maior risco de desenvolver certos tipos de câncer, como o de mama —, a cetose nutricional pode oferecer mais do que perda de peso. Ela pode também modular vias genéticas associadas ao câncer, atuando como uma aliada preventiva e, futuramente, até terapêutica.

Um alerta importante:

Apesar dos achados promissores, a dieta cetogênica não deve ser adotada sem acompanhamento profissional. Ela exige ajustes cuidadosos e não é indicada para todas as pessoas. Além disso, as pesquisas ainda estão em fase inicial, especialmente no que diz respeito à aplicação clínica em humanos.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Aplicações do Bio Arct® – Uso Nutracêutico

O Bio Arct® é um ativo de origem marinha patenteado pela Givaudan (fornecido no Brasil por empresas como Biotec), derivado de uma microalga Arthrospira platensis (uma cepa especial de spirulina do Ártico), padronizado em taurina natural e polissacarídeos bioativos. É amplamente utilizado como adaptógeno nutricional e cosmético, com ação antioxidante, anti-inflamatória e energizante celular.

Mecanismo de Ação

  • Estimula a síntese de ATP mitocondrial, favorecendo a recuperação celular e energética;

  • Rico em taurina natural, que atua na modulação do estresse oxidativo e na proteção mitocondrial;

  • Atua como adaptógeno, ideal para situações de estresse crônico, fadiga, envelhecimento e desequilíbrios metabólicos.

Principais Indicações Clínicas

Viabilidade Farmacotécnica

  • Cápsulas (uso oral) – forma mais comum e eficaz;

  • Sublingual ou pó oral – quando se deseja ação mais rápida ou em pacientes com disfagia;

  • Pode ser associado a nutricosméticos ou adaptógenos (como BioEnergy Ribose, Bio Aswhagandha, PQQ, CoQ10 etc.).

Dados técnicos importantes

Cuidados Farmacotécnicos e Incompatibilidades

  • Não associar com ácidos fortes ou pH muito baixo (ex: vitamina C ácida em alta dose), pois pode haver degradação de compostos sulfurosos.

  • Evitar exposição à umidade — risco de aglomeração e alteração de cor/sabor.

  • Em cápsulas, evitar excipientes higroscópicos (como maltodextrina ou manitol).

  • Incompatível com agentes oxidantes fortes (ex: peróxidos).

  • Em pó oral, pode exigir correção de sabor com flavorizantes naturais (ex: frutas cítricas, hortelã ou baunilha).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/