Ozempic, Wegovy, Mounjaro e perda de peso rápida: consequências na sua aparência

Você provavelmente já ouviu falar dos medicamentos para perda de peso como Ozempic, Wegovy e Mounjaro. Eles têm se tornado cada vez mais populares por ajudarem as pessoas a emagrecerem de forma rápida.

Mas, apesar da empolgação, há um lado da história que nem todo mundo comenta. Junto com a perda de peso, esses medicamentos também podem causar uma perda significativa de massa muscular e densidade óssea. E isso é um problema sério.

O que está por trás disso? Sarcopenia.

A sarcopenia é um termo médico para a perda progressiva de massa, força e função muscular. Normalmente, ela é associada ao envelhecimento. Mas quando a perda de peso acontece muito rápido — como costuma ocorrer com o uso de GLP-1, que é o tipo de medicamento desses remédios — essa perda muscular pode aparecer mesmo em pessoas jovens.

Isso pode gerar um quadro chamado de obesidade sarcopênica: a pessoa aparenta estar magra, mas tem pouquíssima massa muscular e isso compromete a saúde. O corpo fica mais frágil, o metabolismo mais lento, e tarefas simples do dia a dia — como subir escadas — se tornam um desafio.

A perda de peso é boa, mas tem que ser com qualidade

Perder peso pode sim trazer muitos benefícios, especialmente quando se trata de doenças como diabetes tipo 2 e problemas cardiovasculares. Mas o ideal é que essa perda de peso venha da gordura, não do músculo.

Segundo especialistas, até um terço do peso perdido pode ser massa muscular se a pessoa não cuidar da alimentação e não fizer exercícios certos. E isso piora quando o emagrecimento é muito rápido.

Então, como emagrecer com saúde enquanto usa esses medicamentos? Com mudanças no estilo de vida. Veja como:

1. Aumente a ingestão de proteína

A proteína é essencial para preservar os músculos. A recomendação é consumir de 25 a 30g de proteína por refeição. E mais: ela ainda ajuda a saciar a fome.

Dicas práticas:

  • Prefira iogurte grego e queijo cottage no lugar de creme de leite.

  • Tenha frango grelhado ou ovos cozidos sempre prontos na geladeira.

  • Acrescente feijão ou grão-de-bico nas saladas.

  • Troque o arroz branco por quinoa.

  • Use shakes ou suplementos de proteína quando necessário.

2. Faça treino de força

Treinos de resistência, como musculação, são essenciais para preservar e até ganhar massa muscular enquanto você perde peso. Além disso, aumentam o metabolismo e melhoram a qualidade de vida.

Não precisa virar atleta de uma hora para outra. Comece com 2 a 3 treinos por semana, e encaixe onde der:

  • Mantenha halteres perto da mesa de trabalho.

  • Faça agachamentos enquanto espera o micro-ondas.

  • Aproveite os intervalos da TV para fazer uma prancha ou flexões.

3. Durma bem

Pode parecer simples, mas dormir bem ajuda o corpo a regular hormônios como a cortisol (ligado ao estresse) e o hormônio do crescimento. Dormir mal, por outro lado, aumenta a fome e o desejo por alimentos calóricos.

4. Mantenha seu acompanhamento nutricional e psicológico

O uso de GLP-1 deve sempre ser feito com acompanhamento médico, preferencialmente com endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos. Eles ajudam a garantir que a perda de peso seja saudável, equilibrada e segura.

Estar mais leve não é o mesmo que estar mais saudável. O foco deve ser na composição corporal — ou seja, mais músculo, menos gordura — e não apenas no número da balança. Além disso, a saúde mental é fundamental para evitar compulsão e balancear as questões emocionais. Por isso, recomenda-se também o acompanhamento psicológico.

Rosto de ozempic

O fenômeno conhecido como 'Ozempic face' tem sido amplamente discutido. Espera-se a perda de gordura. Contudo, isto pode levar a uma aparência facial muito magra e angular, com definição de estruturas ósseas que antes estavam menos evidentes.

O emagrecimento rápido pode resultar em excesso de pele, que pode se confundir com uma aparência mais envelhecida ou até menos saudável. Essa condição é mais evidente em métodos de emagrecimento mais intensos, que levam a uma perda de peso significativa.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Intestino e Emoções: O Que a Nutrição Tem a Ver com Seu Humor?

A relação entre alimentação e saúde mental é um tema cada vez mais relevante. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 70 milhões de pessoas sofrem de distúrbios alimentares em todo o mundo, e essa conexão é reforçada por estudos que mostram como alimentos ricos em açúcares e gorduras podem levar a comportamentos viciantes e prejudicar a saúde mental.

Enquanto alguns alimentos incentivam o consumo excessivo e causam ganho de peso, outros, como os ricos em ômega-3 e triptofano, podem promover bem-estar e aliviar sintomas de ansiedade e depressão. A falta de nutrientes essenciais pode afetar a função cerebral, influenciando a saúde mental. Aprenda mais em https://t21.video.

No Brasil, a obesidade já afeta 26% da população adulta, e a previsão é de que esse número suba para 41% até 2035, segundo a World Obesity Federation. Alimentos com alto teor de açúcar e gordura podem desencadear uma liberação intensa de dopamina no cérebro, um neurotransmissor associado ao prazer e à recompensa. Essa resposta pode criar um ciclo vicioso, onde o consumo desses alimentos é buscado repetidamente, exacerbando comportamentos alimentares compulsivos e contribuindo para o ganho de peso.

A alimentação vai além da nutrição física, desempenhando um papel importante na saúde mental. Investir em escolhas alimentares saudáveis é um passo significativo para promover o equilíbrio emocional e uma vida mais plena. Açúcar em excesso também pode piorar a diversidade microbiana intestinal.

Intestino e cérebro

Você já ouviu a expressão “sentir um frio na barriga” diante de uma emoção intensa? Não é coincidência. O intestino e o cérebro estão em comunicação constante — e essa conexão vai muito além da metáfora.

A ciência chama isso de eixo intestino-cérebro, e ele está no centro de uma revolução silenciosa na medicina e na nutrição. O que você come pode impactar diretamente sua ansiedade, seu sono, sua irritabilidade e até sua motivação.

🧬 O que é o eixo intestino-cérebro?

O eixo intestino-cérebro é um sistema de comunicação bidirecional entre:

  • O sistema nervoso central (cérebro)

  • O sistema nervoso entérico (do intestino)

  • O sistema imunológico

  • E a microbiota intestinal (as trilhões de bactérias que vivem no seu intestino)

Esse eixo influencia:

  • Produção de neurotransmissores (como a serotonina, associada ao bem-estar)

  • Resposta ao estresse

  • Níveis de inflamação

  • Qualidade do sono

  • Percepção emocional

🧠 Como o intestino afeta o humor?

Quando a microbiota está desequilibrada (condição chamada de disbiose), podem surgir:

  • Ansiedade constante

  • Irritabilidade

  • Fadiga mental

  • Baixa motivação

  • Queda na imunidade

Ou seja: se o seu intestino está inflamado ou sobrecarregado, é provável que seu humor também esteja.

🍽️ Nutrição para restaurar o equilíbrio

Minha abordagem nutricional para saúde emocional e intestinal foca em:

✔️ Redução de alimentos pró-inflamatórios (açúcar, ultraprocessados, álcool)
✔️ Introdução de alimentos prebióticos e probióticos naturais (como kefir, fibras, vegetais fermentados)
✔️ Avaliação de intolerâncias alimentares e inflamações silenciosas
✔️ Suplementação de nutrientes que regulam o humor (zinco, magnésio, ômega-3, vitaminas B)
✔️ Estratégias para melhorar o trânsito intestinal e a digestão

Com isso, é possível reduzir ansiedade, compulsões, oscilações de humor e até melhorar o sono.

Quem sou eu?

Sou nutricionista com ampla formação em Nutrição Clínica Funcional, Psiquiatria Nutricional e Saúde intestinal, com mestrado, doutorado e pós-doutorado na área de saúde. A integração entre saúde intestinal e saúde mental é um dos pilares do meu trabalho — e já transformou a vida de milhares de pacientes ao redor do mundo.

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📆 Quer melhorar o humor começando pelo intestino?

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Definição de síndrome metabólica

Pesquisadores da UFSCar e da College London analisaram dados de 3.952 britânicos com mais de 50 anos ao longo de oito anos. Os resultados mostraram que pessoas com obesidade abdominal e dinapenia (fraqueza muscular) têm 234% mais chance de desenvolver síndrome metabólica em comparação com aquelas sem essas condições. O risco é quase o dobro em relação a quem tem apenas obesidade, que apresenta um aumento de 126%.

A síndrome metabólica inclui cinco condições principais:

  • Obesidade abdominal

  • Aumento de triglicérides

  • Hiperglicemia

  • Redução do colesterol HDL

  • Pressão arterial elevada

Esses fatores elevam substancialmente o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e outros problemas graves de saúde. Segundo os pesquisadores, a prática regular de exercícios aeróbicos e de resistência é essencial para manter a força muscular e evitar a infiltração de gordura no músculo, o que compromete o metabolismo e aumenta a resistência à insulina. Manter-se ativo ajuda a prevenir a perda de força e complicações típicas do envelhecimento.

O acúmulo de gordura nos músculos devido à fraqueza desencadeia inflamação e resistência à insulina, afetando o metabolismo de glicose e lipídios, o que agrava as condições da síndrome metabólica e eleva o risco de doenças cardíacas.

Pesquisas anteriores desse grupo já indicavam que a combinação de obesidade abdominal e fraqueza muscular aumenta em 85% o risco de morte por doenças cardiovasculares. A fraqueza isolada também representa perigo, elevando esse risco em 62%. Adotar uma rotina de exercícios para combater a obesidade abdominal e fortalecer os músculos não apenas melhora o metabolismo, mas também reduz significativamente o risco de doenças graves.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/