As dimensões do envelhecimento

Gerociência é um campo de estudo interdisciplinar que se dedica a compreender o processo de envelhecimento humano em todas as suas dimensões. Ao unir conhecimentos da biologia, psicologia, sociologia, economia e saúde pública, a gerociência busca desvendar os mecanismos por trás do envelhecimento biológico, as mudanças psicológicas e sociais que ocorrem com a idade, e os desafios e oportunidades que a crescente população de idosos representa para a sociedade.

Por que a Gerociência é importante?

  • Longevidade: Com a expectativa de vida aumentando em todo o mundo, a gerociência desempenha um papel crucial na promoção de um envelhecimento saudável e ativo.

  • Qualidade de vida: Ao entender os processos de envelhecimento, podemos desenvolver intervenções para melhorar a qualidade de vida dos idosos, retardando o declínio cognitivo, prevenindo doenças crônicas e promovendo o bem-estar emocional.

  • Desafios sociais e econômicos: A gerociência ajuda a identificar e abordar os desafios sociais e econômicos relacionados ao envelhecimento, como a necessidade de sistemas de saúde e previdência social mais eficientes.

  • Oportunidades: Ao mesmo tempo, a gerociência também revela as oportunidades que o envelhecimento pode trazer, como a participação dos idosos na força de trabalho, o voluntariado e a transmissão de conhecimento para as gerações mais jovens.

Quais são os principais focos da Gerociência?

  • Envelhecimento biológico: Estuda as mudanças fisiológicas que ocorrem com a idade, como o encurtamento dos telômeros, a acumulação de danos no DNA e as alterações hormonais.

  • Envelhecimento psicológico: Explora as mudanças cognitivas, emocionais e sociais que ocorrem com a idade, como a memória, a inteligência emocional e as relações interpessoais.

  • Envelhecimento social: Analisa o papel dos idosos na sociedade, os desafios da aposentadoria, a solidão e as redes de apoio social.

  • Envelhecimento econômico: Examina as implicações econômicas do envelhecimento, como o aumento dos custos com saúde, a necessidade de reformar os sistemas de previdência social e as oportunidades de mercado para produtos e serviços destinados aos idosos.

  • Saúde pública: Desenvolvem estratégias para promover a saúde e o bem-estar dos idosos, como programas de prevenção de doenças, promoção da atividade física e alimentação saudável.

A predisposição genética e os comportamentos não saudáveis ​​(setas azuis) contribuem para os principais fatores de risco de DCV e DCV em idosos. O envelhecimento em si está associado a danos estocásticos (aleatórios) em moléculas e organelas (setas rosas) e acelera os riscos de DCV, bem como multimorbidade, fragilidade, incapacidade e morte prematura.

Enquanto a resiliência significa capacidade de reparar ou substituir esses componentes danificados, a resiliência geralmente diminui ao longo do tempo, especialmente em meio a fatores de risco ambientais (fumo, poluição), comportamentais (por exemplo, dieta não saudável) e doenças crônicas (setas verdes).

A hipótese da gerociência propõe que aumentar a resiliência reduz a carga de doenças crônicas e a suscetibilidade relacionada à fragilidade e incapacidade. Ao promover um envelhecimento saudável e ativo, a gerociência contribui para a construção de sociedades mais justas e inclusivas.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Biomimética: a solução está na natureza

Biomimética é a ciência que se inspira na natureza para criar soluções inovadoras para os desafios da humanidade. Em outras palavras, é como se estivéssemos "copiando" as melhores ideias da natureza e aplicando-as em nossas tecnologias e projetos.

Por que a natureza é tão inspiradora?

  • Bilhões de anos de evolução: A natureza teve bilhões de anos para testar e aperfeiçoar suas soluções, resultando em sistemas extremamente eficientes e sustentáveis.

  • Diversidade: A variedade de vida na Terra é imensa, oferecendo uma vasta gama de exemplos e modelos para serem estudados.

  • Sustentabilidade: Os sistemas naturais são, em sua maioria, autossuficientes e capazes de se regenerar.

Exemplos de biomimética:

  • Velozes como um guepardo: A forma aerodinâmica do corpo do guepardo inspirou o design de trens-bala, reduzindo a resistência do ar e aumentando a velocidade.

  • Forte como uma teia de aranha: A teia de aranha é um material extremamente resistente e leve, servindo de inspiração para a criação de novos materiais mais fortes e duráveis.

  • Eficiente como uma folha: As folhas das plantas convertem a luz solar em energia através da fotossíntese, um processo que inspira a pesquisa em energias renováveis.

  • Autolimpante como uma folha de lótus: A superfície da folha de lótus repele a água e a sujeira, inspirando o desenvolvimento de tintas e revestimentos autolimpantes.

Aplicações da biomimética:

  • Arquitetura: Edifícios que imitam a ventilação de termiteiros ou a resistência de conchas marinhas.

  • Engenharia: Materiais que imitam a resistência de ossos ou a flexibilidade de tendões.

  • Medicina: Novos medicamentos inspirados em venenos de animais ou mecanismos de reparo de tecidos.

  • Energia: Células solares que imitam a fotossíntese ou turbinas eólicas que imitam o voo de aves.

Para vivermos mais e melhor precisamos da ajuda da natureza e a biomimética entra em intervenções macro para melhoria de nosso ambiente geofísico, redução do estresse, melhoria dos espaços nas cidades.

Em resumo:

A biomimética é uma área promissora que oferece um novo olhar para a inovação. Ao observar e aprender com a natureza, podemos desenvolver soluções mais sustentáveis e eficientes para os desafios do nosso tempo.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O Metiloma: Um Mapa Epigenético

O metiloma é o conjunto completo de modificações de metilação do DNA em um genoma. Em termos mais simples, é como um mapa que mostra todos os pontos do nosso DNA onde ocorreu uma marcação específica chamada metilação.

Mas o que é essa metilação?

A metilação do DNA é um processo biológico fundamental que envolve a adição de um grupo metil a uma base nitrogenada do DNA, geralmente a citosina. Essa marcação não altera a sequência de DNA em si, mas influencia a forma como os genes são expressos. Imagine que a metilação seja como um interruptor que pode ligar ou desligar genes.

A sequência genética por si só não representa o quadro completo da expressão dos genes ou da função celular. Os mecanismos epigenéticos, incluindo a metilação do DNA, podem influenciar a atividade destes genes sem alteração na sequência do DNA.

A metilação do DNA é uma modificação estável, hereditária e covalente ao DNA, ocorrendo principalmente nos dinucleotídeos CpG, mas também é encontrada em locais não-CpG. A metilação está associada a processos normais de desenvolvimento, assim como as mudanças que são observáveis durante a oncogênese e em outros processos patológicos, como o silenciamento de genes supressores de tumores ou genes reparadores de DNA.

Resumindo: por que o metiloma é importante?

  • Regulação da expressão gênica: A metilação do DNA desempenha um papel crucial na regulação de quais genes são ativos ou inativos em uma célula.

  • Desenvolvimento e diferenciação celular: O padrão de metilação muda ao longo do desenvolvimento e é diferente em cada tipo de célula, ajudando a determinar quais genes devem ser expressos para que uma célula se torne, por exemplo, uma célula nervosa ou uma célula da pele.

  • Doenças: Alterações no padrão de metilação estão associadas a diversas doenças, como câncer, doenças neurodegenerativas e distúrbios metabólicos.

Como estudamos o metiloma?

A tecnologia avançou significativamente nos últimos anos, permitindo aos cientistas mapear o metiloma de forma mais precisa e eficiente. Técnicas como o sequenciamento de bisulfito e os microarranjos de DNA metilado são amplamente utilizadas para analisar o padrão de metilação em diferentes tecidos e condições.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/