O que é canabinologia?

Canabinologia é o estudo do sistema canabinoide, da cannabis, canabinóides e compostos e produtos derivados da cannabis. Este campo abrange uma ampla gama de disciplinas científicas, incluindo botânica, farmacologia, medicina, nutrição e bioquímica, todas focadas em entender a planta de cannabis, seus efeitos no corpo humano e seus potenciais usos terapêuticos.

Principais Áreas da Canabinologia

1. Canabinoides: O estudo dos diferentes compostos químicos encontrados na cannabis, como THC (tetraidrocanabinol), CBD (canabidiol) e CBG (cannabigerol). Esses compostos interagem com o sistema endocanabinoide do corpo para produzir vários efeitos.

2. Sistema Endocanabinoide: A pesquisa em cannabinologia frequentemente se concentra neste sistema, que é uma rede de receptores e enzimas no corpo com os quais os canabinoides interagem. Este sistema desempenha um papel crucial na regulação de vários processos fisiológicos, como dor, humor, apetite e resposta imunológica.

3. Usos Terapêuticos: Investigação das aplicações medicinais da cannabis e de seus compostos, incluindo o tratamento de condições como dor crônica, epilepsia, ansiedade e mais. Esta área também explora o potencial da cannabis no tratamento de doenças como câncer e distúrbios neurodegenerativos.

4. Botânica e Cultivo de Canabis: Compreensão da biologia e cultivo da planta de cannabis, incluindo as diferentes cepas, condições de cultivo e técnicas de reprodução utilizadas para otimizar o conteúdo de canabinoides.

5. Farmacologia e Toxicologia: Estudo de como os compostos da cannabis são absorvidos, distribuídos, metabolizados e excretados pelo corpo, bem como seus potenciais efeitos colaterais e toxicidades.

6. Aspectos Legais e Sociais: Exame do impacto da legalização da cannabis, regulação e suas implicações sociais, incluindo questões relacionadas ao vício, saúde pública e fatores econômicos.

A cannabinologia é um campo interdisciplinar que está crescendo rapidamente à medida que a cannabis se torna mais aceita, tanto medicinalmente quanto recreativamente, em várias partes do mundo.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Uso do CBD em neuropatias

O Canabidiol (CBD) está sendo cada vez mais estudado e utilizado para o manejo de neuropatias devido às suas potenciais propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e analgésicas. Diferentes formas de CBD oferecem vários benefícios dependendo do método de administração, taxas de absorção e preferências dos pacientes.

A ação clássica (canônica) dos canabinoides envolve a ativação dos receptores CB1 e CB2 e a ação não clássica (não canônica) envolve a ativação de receptores vanilóides (muito envolvidos na percepção de dor e calor), receptores GPR (família grande que detecta moléculas externas ativando vias de sinalização intracelular a partir da proteína G. Envolvido, por exemplo, na percepção de luz, olfato, além de regulação de neurotransmissores). Canabinoides também podem ativar receptores nucleares (PPARs) que controlam a expressão de genes envolvidos no metabolismo de lipídios e glicose, na resposta inflamatória e metabolismo energético. Existem vários outros alvos para modulação de dor, ansiedade, depressão…

Aqui está uma visão geral dos benefícios das diferentes formas de CBD para neuropatias:

1. CBD Oral (Cápsulas, Comestíveis, Tinturas)

- Alívio duradouro: O CBD oral é processado através do sistema digestivo e fígado, resultando em um início mais lento, mas efeitos mais duradouros.

- Facilidade de dosagem: Cápsulas e tinturas permitem uma dosagem precisa, facilitando o monitoramento e ajuste conforme necessário.

- Conveniência: Fácil de incorporar na rotina diária sem a necessidade de equipamentos especiais.

2. CBD Sublingual (Tinturas, Sprays)

- Absorção rápida: Quando administrado sob a língua, o CBD é absorvido diretamente na corrente sanguínea através da glândula sublingual, resultando em um início mais rápido dos efeitos em comparação à ingestão oral.

- Dosagem controlada: Permite fácil ajuste da dosagem.

- Discreto: Pode ser usado discretamente sem chamar muita atenção.

3. CBD Tópico (Cremes, Bálsamos, Pomadas)

- Benefícios:

- Alívio direcionado: Aplicado diretamente na área afetada, proporcionando alívio localizado da dor e inflamação sem efeitos sistêmicos.

- Ação rápida: Evita o sistema digestivo, oferecendo alívio mais rápido para áreas específicas de desconforto.

- Não psicoativo: Como não entra na corrente sanguínea em quantidades significativas, não há efeitos psicoativos sistêmicos.

4. Óleo de CBD

- Benefícios:

- Versátil: Pode ser usado de forma sublingual, adicionado a alimentos ou bebidas, ou aplicado topicamente.

- Dosagem personalizada: Os usuários podem facilmente ajustar a quantidade que tomam com base em suas necessidades e tolerância.

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

pH do cacau e do chocolate: influência na qualidade

Há uma diferença de pH entre cacau e chocolate, o que pode afetar a qualidade e características do produto.

pH do Cacau

- Cacau Cru: O cacau cru é ligeiramente ácido, com um pH que geralmente varia de 5,0 a 6,5. A acidez é natural e vem dos próprios grãos de cacau.

- Cacau Processado: Quando o cacau é processado, especialmente através de um método chamado processo holandês ou alcalinização, o pH é aumentado para torná-lo menos ácido e com sabor mais suave. Isso pode elevar o pH do cacau para entre 7,0 e 8,0, tornando-o neutro ou ligeiramente alcalino.

pH do Chocolate

- Chocolate Amargo: O pH do chocolate amargo geralmente está na faixa de 5,5 a 7,0. Esta faixa pode variar dependendo da quantidade de cacau e dos métodos de processamento utilizados. O chocolate amargo com maior conteúdo de cacau tende a ser mais ácido. O nível de pH influencia o perfil de sabor. Cacau e chocolate mais ácidos têm um sabor mais intenso e marcante, enquanto produtos mais alcalinos têm um sabor mais suave e aveludado.

- Chocolate ao Leite: O chocolate ao leite costuma ser menos ácido que o chocolate amargo, com um pH mais próximo do neutro, geralmente entre 6,0 e 7,0. A adição de leite e açúcar reduz a acidez. Métodos de processamento como o processo holandês, que aumentam o pH, podem reduzir alguns dos antioxidantes e nutrientes naturais encontrados no cacau cru, potencialmente afetando os benefícios à saúde.

- Chocolate Branco: O chocolate branco é o menos ácido dos tipos de chocolate, frequentemente com um pH próximo de 7,0, pois não contém sólidos de cacau, apenas manteiga de cacau, leite e açúcar.

O pH também impacta a textura e a aparência do chocolate. Chocolates mais alcalinos tendem a ter uma textura mais suave e uma cor mais escura, enquanto chocolates mais ácidos podem ser mais granulados e de cor mais clara.

Em resumo, o pH do cacau e do chocolate varia dependendo dos métodos de processamento, e essa variação pode influenciar significativamente o sabor, o conteúdo nutricional e a qualidade geral do produto.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/