Entenda sua genética: quem é mais suscetível à infecção pelo coronavírus?

Aqui em Portugal o ano novo foi suspenso na tentativa de conter a disseminação do coronavírus. Ficar em casa, lavar bem as mãos e usar máscara ao sair são as medidas ainda indicadas. Contudo, muitas pessoas precisam sair para trabalhar e estudar e o número de caso não para de crescer. Enquanto aguardamos a vacina muitas pessoas perguntam-se que é mais suscetível geneticamente à infecção pelo coronavírus e suas complicações.

Para respondermos à esta questão precisamos avaliar minimamente dois genes: ACE2 e TMPRSS2. O vírus precisa se ligar a um receptor para que consiga invadir as células. Este receptor se chama ACE2 e é produzido em quantidades maiores ou menores por determinação do DNA de cada pessoa. Algumas pessoas possuem enzimas ACE2 com maior expressão, outras com menor expressão. Ter maior expressão significa que as enzimas ACE2 irão funcionar mais e, portanto, serão portas de entradas mais efetivas ao vírus.

Depois de entrar nas células o vírus pode fazer a pessoa ficar doente ou não. Para gerar a doença precisa ser ativado e isso acontece pela ação de outra enzima chamada serina protease transmembrana tipo II (TMPRSS2). Da mesma forma que a ACE2, a TMPRSS2 também possui seu grau de expressão determinado pelo DNA. Pessoas com maior expressão de variantes desta enzima ativam com maior facilidade o vírus, após este ter entrado nas céluas. A combinação de entrada com ativação é o ponto chave de nosso algoritmo que determina o quanto uma determinada pessoa pode ser infectada e ficar doente em comparação com outras.

Em minha clínica trabalho com o exame de suscetibilidades da empresa fulldna.

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O painel avalia também o tipo de complicações que a pessoa pode desenvolver a partir de seu perfil genético e se possui dificuldade de metabolização de nutrientes importantes para a imunidade.

No caso de necessidade aumentada (como é o caso desta paciente) indica-se suplementação.

No caso de necessidade aumentada (como é o caso desta paciente) indica-se suplementação.

É muito importante maximizar a capacidade antioxidante e a imunidade natural do corpo para prevenir e minimizar os sintomas quando um vírus ataca o corpo humano. Prevenir é obviamente mais fácil do que tratar doenças graves. Vitamina C e vitamina D são suplementos relativamente baratos e que melhoram a imunidade, reduzindo a gravidade das infecções. Outros nutrientes importantes são zinco, selênio, magnésio, vitamina A e vitamina E.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/