A vitamina D é um pró-hormônio esteróide. Em 1920 foi descoberto que para que uma crianças não tenham raquitismo a concentração plasmática de vitamina D precisa ser de no mínimo 20 ng/ml. Porém, a vitamina D não tem como função apenas a modulação de cálcio nos ossos. Mais de 80 reações dependem deste pró-hormônio. Durante a nova pandemia de SARS-COV-2 (conhecida por COVID-19) estudos têm demonstrado que pessoas deficientes em vitamina D apresentam mais infecção pelo vírus e maior mortalidade (Ilie, Stefanescu & Smith, 2020).
Contudo, estas alterações epigenômicas induzidas pela dieta são dinâmicas, ou seja, são frequentemente transitórias e reversíveis. Não adianta ter vitamina D um dia e não ter no outro. A vitamina D pode influenciar a cromatina (DNA, RNA e proteínas), pela ligação ao seu receptor (VDR).
Um estudo indiano publicado em 03/05/2020 mostrou que a vitamina D, associada ao medicamento antiparasitário Ivermectina, têm o potencial de combater a infecção por SARS-COV-2 (ou COVID-19). A combinação impede a entrada do vírus na célula. A vitamina D impede o funcionamento da RNA polimerase, que funciona como uma impressora, copiando o material genético viral (Dasgupta et al., 2020). Este estudo foi feito in vitro e não em humanos, por isso seu grau de evidência é baixo.
Mas outros estudos têm mostrado melhor recuperação em pacientes que fazem suplementação de vitamina D ou tomam sol (Alipio, 2020; Asyary & Veruswati, 2020). A razão principal é o controle da tempestade de citocinas (Daneshkhah et al., 2020). A importância da vitamina D para o sistema imunológico é medicamente indiscutível. Infelizmente, a maior parte da população mundial é deficiente neste pró-hormônio e, com o confinamento, a situação tende a piorar. Por isto, a suplementação tem sido indicada para aumentar os níveis de vitamina D no plasma para pelo menos 40 ng/ml.