Ômega-3 melhora padrão de comunicação no autismo

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transtorno do espectro do autismo (TEA), também conhecido simplesmente por autismo, é um transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal, e comportamento restrito e repetitivo. Os sinais geralmente desenvolvem-se gradualmente, mas algumas crianças com autismo alcançam o marco de desenvolvimento em um ritmo normal e depois regridem.

O autismo é altamente hereditário, mas a causa inclui tanto fatores ambientais quanto predisposição genética. Após o diagnóstico, realizado por neurologista, serão recomendadas terapias para apoiar o desenvolvimento, incluindo fonoaudiologia, terapia ocupacional, musicoterapia, psicoterapia, fisioterapia, dietoterapia. Dependendo da presença de sintomas associados (depressão, ansiedade, compulsividade, insônia, agressividade), medicamentos também poderão ser prescritos.

Em relação à dietoterapia, suplementos vêm sendo investigados, como o ômega-3. Sabemos que a suplementação de ômega-3 na gestação é importante para a sinaptogênese e mielinização, além da maturação cortical, podendo ainda auxiliar a reduzir o risco de déficits psicopatológicos e cognitivos na idade adulta. Revisão publicada por Azevedo e Dias mostrou ainda que a suplementação de ômega-3 melhorou o perfil cognitivo e reduziu sintomas característicos do TEA (Azevedo e Dias, 2019)

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Saúde não é um estado e sim um processo permanente de autocuidado

Todos nós já ficamos doentes em algum momento. Adoecer também faz parte da vida. Assim, a saúde não pode ser considerada algo fixo e sim um processo permanente de busca. Para tanto, precisamos aprender a cuidar do corpo e da mente em cada fase da vida, considerando suas particularidades.

A genética de cada pessoa é diferente, assim como sua história, gostos, valores, desafios. O importante é entender que saúde não significa um modelo pré-estabelecido. Não significa ser magro ou jovem. Tentar enquadrar-se neste modelo pode gerar comportamentos não saudáveis, como adoção de dietas restritivas, punição do corpo com excesso de atividade física, uso de medicamentos desnecessários e com vários efeitos colaterais, procedimentos estéticos mutiladores e assim por diante.

O corpo perfeito é aquele que funciona para você, aquele que faz você ter vitalidade, bem estar, que te dá a oportunidade de viver e realizar sonhos. A saúde é um recurso para a vida e não o objetivo da vida. Saúde não tem a ver com o número na balança, nem com um percentual de gordura baixíssimo, distante do que é possível e saudável para a maioria das pessoas.

GANHE MASSA MAGRA
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Dieta cetogênica na trissomia do cromossomo 21 (Síndrome de Down)

A síndrome de Down (SD) é uma ocorrência genética relativamente comum, associada a maior risco de malformações cardíacas, apneia do sono, obesidade, hipotireoidismo e hiperglicemia. Contudo, apesar da SD ter sido descrita há mais de 150 anos, poucas pesquisas e intervenções terapêuticas têm sido propostas no sentido de reduzir prejuízos cognitivos e comportamentais, também comuns na trissomia do cromossomo 21.

Recentemente foi publicada uma revisão cuja proposta foi discutir as aplicações da dieta cetogênica como opção terapêutica para o declínio cognitivo na síndrome de Down. A dieta cetogênica é uma dieta muito baixa em carboidratos, com quantidades moderadas de proteínas e alto percentual de gordura. Foi primeiramente usada para o controle das convulsões associadas à epilepsia, mas hoje existe um grande interesse do uso desta dieta para prevenção e controle de outras doenças (Kaneko et al., 2018).

Alterações na Trissomia do 21

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A prevalência de epilepsia é de 13% na síndrome de Down. Frequentemente agrava a disfunção cognitiva, os problemas emocionais e comportamentais. A dieta cetogênica vem sendo utilizada por diversos estudos para controle das crises epilépticas e melhoria da qualidade do sono, da aprendizagem e do desenvolvimento.

Aproximadamente 80% das pessoas com SD apresentam comprometimento cognitivo com diferentes graus de gravidade, manifestos como atrasos no desenvolvimento cognitivo com déficits específicos na fala, linguagem ou memória. Além disso, indivíduos com SD experimentam um declínio cognitivo de início precoce, característico da doença de Alzheimer. Alterações neuropatológicas comuns incluem o aumento das placas senis (proteína beta-amilóide) e emaranhados neurofibrilares (proteína tau hiperfosforilada).

Existem evidências de que o metabolismo de açúcares esteja prejudicado no Alzheimer (por isso a doença tantas vezes é referida como diabetes tipo 3). O hipometabolismo da glicose contribui para a deposição das proteínas amilóide e beta tau no desenvolvimento da doença de Alzheimer. A dieta rica em gordura substitui a fonte de energia principal para o cérebro, de glicose para corpos cetônicos. A expectativa é que a dieta possa melhorar a função cognitiva retardando a evolução da doença, melhorando memória, linguagem, orientação e equilíbrio.

Entre 18 e 39% das crianças com síndrome de Down estão dentro do espectro autista, manifesto como dificuldades de interação social, limitações na linguagem expressiva e no comportamento adaptativo. Alguns estudos avaliaram a adoção da dieta cetogênica como estratégia complementar no tratamento do autismo e observaram melhorias na fala, linguagem, comunicação, sociabilidade e redução das estereotipias.

Todas as pessoas com SD beneficiariam-se da dieta cetogênica? A dieta cetogênica não é a cura milagrosa para todas as alterações, nem para todo mundo. Cada pessoa possui necessidades específicas, que variam de acordo com a própria genética e metabolismo. Mesmo assim, é uma terapêutica que pode ser considerada, dependendo dos sintomas apresentados. Estudos mostram eficácia em muitos casos de epilepsia refratária e alterações comportamentais (Kumada et al., 2018).

DIETA CETOGÊNICA PASSO A PASSO (para leigos).

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