Quem te limita, seu corpo ou sua cabeça?

Yoga é para todos, mulheres, homens, crianças, adultos, idosos, jovens, gestantes, gordos, magros, pessoas típicas, portadoras de deficiência... Para todos.

Raissa Galvão - https://www.instagram.com/rayneon/

Raissa Galvão - https://www.instagram.com/rayneon/

Por exemplo, para mulheres em idade fértil o yoga ajuda a trazer bem estar e equilíbrio, regular o ciclo menstrual e prevenir doenças. Independentemente do formato do corpo da mulher, o sangue menstrual costuma ser vermelho brilhante, sem coágulos. O sangramento deve ser contínuo e durar de 3 a 7 dias. Apesar de natural, muitas mulheres detestam essa fase do mês, sentem-se inchadas, sujas, doloridas, sem energia. Mas pode ser diferente.

A maneira pela qual cada mulher experimenta o ciclo menstrual depende de fatores como genética, constituição, aprendizados, exemplos recebidos de outras mulheres da casa, estado de saúde, qualidade do sono, estado de hidratação.

Antes de menstruar a mulher pode necessitar de um yoga mais vigoroso, no período menstrual pode ter necessidade de uma prática mais gentil. Várias posturas são relaxantes, melhoram o fluxo sanguíneo, reduzem inchaços e desconfortos.

Existem cursos de formação online e também profissionais capacitados ensinando a distância e pronto para te auxiliar em sua jornada. Escolha a melhor forma de iniciar ou avançar na sua prática. Seu corpo é perfeito agora e pode iniciar de onde está.

CURSO DE FORMAÇÃO DE INSTRUTORES DE YOGA
Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Obsessão por malhação mesmo em tempos de coronavírus?

Manter o corpo em movimento é importante. Contudo, no momento atual, a academia é um local de risco. Mesmo assim muitas pessoas não conseguem ficar longe dela. É o caso de João (nome fictício), que vai até lá diariamente. O corpo é lindo e seus amigos admiram sua dedicação. O que não sabem é que João toma ainda esteróides e passa horas ao dia preocupado se está pequeno demais, fraco demais, magro demais. Tem vergonha de seus braços enormes mas que em sua cabeça parecem magros demais.

A imagem corporal nem sempre tem a ver com nosso corpo real, é aquilo que percebemos acerca do próprio corpo. Afeta como pensamos, sentimos e agimos. João na verdade tem transtorno dismórfico corporal, uma condição psiquiátrica, que precisa ser tratada para que a pessoa não sinta-se constantemente feia, inadequada. Checar-se no espelho milhões de vezes ao dia acaba ocupando espaço de outras atividades que tornam a vida mais interessante e proveitosa. Deixando de fazer outras coisas importantes você estreita sua vida.

A associação de medicação com terapia cognitivo comportamental é a melhor forma de tratamento atualmente. Parar de seguir nas redes sociais pessoas que agravam as comparações também é importante. Vivemos em tempos de glorificação da beleza e da juventude e o foco na parte do corpo de outras pessoas que gostaria de ter cria mais distorções de imagem pois o corpo de uma pessoa não é igual ao de outra. Estudos mostram que quanto mais seguimos essas pessoas mais insatisfeitos nos sentimos com o próprio corpo.

João esconde a baixa autoestima. Quando se interessa por uma menina, nunca fala com ela. As mulheres o acham extremamente convencido, mas é justamente o contrário. Em geral, João não fala com ninguém pois tem pensamentos automáticos como:

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  • Ela nunca vai falar comigo com esses bracinhos fracotes;

  • Não pareço um homem de verdade;

  • Ela deve ter namorado;

  • Ela é muito bonita, nunca sairia comigo;

  • Ela não vai gostar de mim quando me conhecer;

  • É melhor eu malhar mais para que ela goste de mim.

Estes pensamentos automáticos são extremamente estressantes. São pensamentos que não ajudam. Além de tudo, a maioria deles nem deve ser verdadeira. Aprender a responder a cada uma dessas preocupações com um pensamento racional é muito importante. E é isso que a terapia ensina.

Os perigos das academias e ginásios em tempos de coronavírus

Nem todo mundo que gosta de malhar e sente falta da academia possui transtorno dismórfico corporal. Mesmo assim, precisamos pensar se vale a pena voltar. Por sua própria natureza, instalações esportivas, como academias, tendem a ser cheias de germes. Em um estudo publicado por LaBelle e colaboradores (2020), mostrou-se que o ambiente da academia está cheio de bactérias resistentes a medicamentos, vírus da gripe e outros patógenos. Cerca de 25% das superfícies testadas em quatro diferentes instalações de treinamento atlético estavam contaminadas.

Quando você tem uma densidade relativamente alta de pessoas se exercitando e suando em um espaço contido, as condições para a transmissão de doenças tornam-se perfeitas. Os equipamentos de ginástica podem ser difíceis de higienizar. Halteres, barras e outras superfícies são tocadas por várias pessoas em um curto espaço de tempo. Você terá paciência de desinfetar cada equipamento antes e depois de usar? Conseguirá manter distância de um metro entre todos os frequentadores do ambiente? Conseguirá lavar as mãos assim que chegar? Tem certeza que não tocará o rosto, nem para afastar o cabelo ou o suor? Sua academia oferece frascos de álcool em quantidade suficiente?

Praticantes de musculação respiram pesadamente e produzem muitas gotículas respiratórias que, em um ambiente fechado permanecem no ambiente. Sua academia é bem ventilada? Tem um sistema para filtrar o ar? Os funcionários da academia estão cuidando-se? E mais, você está dentro do grupo de risco (possui alguma doença crônica, é idoso, tem uma doença autoimune ou alguma deficiência que dificulte a limpeza ou higienização dos espaços)? Sua dieta é variada, colorida, cheia de nutrientes que mantém seu sistema imune forte e apto para se safar de uma possível infecção? Quando volta para casa encontra com idosos ou outras pessoas vulneráveis?

Não existe risco zero quando nos expomos a ambientes com muitas pessoas. Vale a pena para você?

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/
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Encha metade do prato com vegetais

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Ao lado vemos a roda dos alimentos do governo canadense. Visualmente já conseguimos perceber que uma importante recomendação é encher metade do prato com alimentos de origem vegetal. Sim, no mundo inteiro pesquisas mostram que a dieta baseada em vegetais é muito importante para a saúde.

No canto direito do prato estão as proteínas, que podem ser de origem animal ou vegetal. Seu cereal preferido completa o restante do prato. De bebida: água.

Dê atenção aos seus hábitos alimentares, saboreie os alimentos (aprenda mais sobre alimentação consciente), cozinhe com mais frequência, reduza ao mínimo o consumo de alimentos ultraprocessados. Se for comprar um alimento embalado, compare os rótulos. E se precisar de ajude, procure um nutricionista.

Princípios para viver mais e melhor

As pessoas mais saudáveis e longevas do mundo adotam um estilo de vida comum. Falei sobre isso neste vídeo:

Um dos pontos é a dieta baseada em plantas, rica em feijões, legumes, verduras, nozes, grãos integrais e frutas. Comer alimentos locais, de época, preparados em casa, comer junto com familiares ou amigos, celebrar, são hábitos que contribuem para uma vida boa e longeva.

Um hábito maravilhoso do brasileiro sempre foi o consumo de feijão. Porém, este consumo vem caindo ao longo dos anos. Muitas pessoas trocaram o jantar por lanches. Ou desenvolveram medo de lectinas. Estas proteínas ligam-se a carboidratos na planta, ajudando-a a proteger-se.

As mesmas características que os protegem as plantas na natureza podem levar ao desconforto digestivo em algumas pessoas. As lectinas estão em plantas que os humanos comem há milhares de anos, como arroz, trigo, batatas, tomates, sementes, nozes, mas as maiores quantidades são encontradas em leguminosas cruas (feijão, lentilha, soja, ervilha e amendoim) e grãos integrais .

Se você comer feijão cru, quase certamente terá náusea, vômito, dores de estômago e diarréia. No mínimo, você provavelmente terá inchaços e gases desconfortáveis. Porém, deixando o feijão à noite e depois trocando a água de manhã, cozinhando-o destrói as lectinas ativas.

E nada de neuroses. Se sobrar um mínimo de lectina não faz mal. Elas trazem benefícios à saúde e podem atuar como antioxidantes, protegendo as células humanas dos danos causados ​​pelos radicais livres. Pessoas que consomem leguminosas com maior regularidade tendem a ter menores taxas de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e melhor saúde geral. Leguminosas são ricas em vitaminas do complexo B, proteínas, fibras e minerais, que superam quaisquer riscos potenciais que uma pequena quantidade de lectina poderia ter.

Mas, se você sente muito desconforto pode optar pelas variedades germinadas. Nozes e sementes também podem ser deixadas de molho e depois usadas em receitas. Assim, o processo digestivo é facilitado.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/