A influência de diferentes partes do cérebro no consumo alimentar

Partes diferentes do cérebro focam nas coisas à sua própria maneira. Por exemplo, o córtex pré-frontal está constantemente trabalhando, pensando na melhor forma de fazermos as coisas, tentando prever o que irá acontecer a seguir, decidindo o que é bom e o que é ruim para nós.

Já o sistema límbico, uma parte muito antiga do nosso cérebro e engloba, foca nos sentimentos e sensações. É ele que percebe se estamos tristes, cansados, alegres, famintos, saciados ou com sede. O problema é que o córtex pré-frontal não para. Tenta chamar nossa atenção o tempo todo. Enquanto isso, deixamos de pensar atenção ao nosso mundo interno. É por isso, que muita gente tem tanta dificuldade de saber o que está sentindo. É por isso que muita gente só consegue parar quando tem um ataque cardíaco. Este, claro, não aconteceu de uma hora para outra, mas é comum ignorarmos os sinais de alerta do corpo.

Por exemplo, seu sistema límbico diz: “Estou com fome. Vá até a cozinha”. Enquanto isso seu córtex pré-frontal, que tudo anaisa diz: “Você não deveria, precisa emagrecer”. Sem ouvir o corpo é comum as pessoas não comerem mesmo com fome. Ao mesmo tempo, ficar com fome é desagradável e, quando a compulsão bate, é comum a comilança exagerada, mesmo sem fome. Cultivando a conexão com nosso mundo interior, podemos começar a entrar em contato com sensações e emoções, sem a narração problematizadora e analítica do córtex pré-frontal.

O livro o poder do agora fala da importância desta conexão com o momento presente. Fiz um resumo para você:

O yoga possui técnicas como respiratórios e meditação que facilitam nossa conexão com o aqui e agora. Aprenda mais nos cursos online:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Jejum intermitente melhora o funcionamento do cérebro

Existem substâncias boas para o cérebro. Existem substâncias ruins para o cérebro. Um cérebro sobrecarregado com radicais livres derivados da oxidação (quebra e perda de elétrons) dos alimentos pode aumentar o risco de doença de Alzheimer, Parkinson e Lou Gehrig.

Uma nova publicação de estudo de cientistas de Harvard mostrou que o exercício vigoroso, associado ao jejum de 12 horas aumentaram significativamente os níveis de cAMP, um gatilho químico que induzir o processo celular de eliminação de toxinas. Contudo, estes efeitos duram apenas algumas horas (VerPlank et al., 2019).

O jejum é um desafio para o cérebro, que ativa respostas adaptativas que o ajudam a lidar com as toxinas que ali chegam. Falo mais sobre o tema no resumo do livro “Genius Foods”:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Efeitos das lectinas na saúde

As lectinas são uma grande classe de proteínas capazes de ligar-se reversivelmente a carboidratos. Estão presentes naturalmente em todos os tipos de organismos, desde vírus, bactérias até alimentos. Em plantas, as lectinas fazem parte da defesa natural contra microorganismos, pragas e insetos.

Cerca de 30% dos alimentos de nossa dieta apresentam lectinas. Grãos e leguminosas são as principais fontes. Batata, tomate, pimentões e beringelas também contém lectinas. Estudos mostram que as lectinas possuem efeitos antimicrobianos, anticancerígenas e de melhoria do sistema imune.

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Porém, em excesso, podem danificar a parede intestinal, tornando o intestino mais permeável à pedaços de bactérias e outras substâncias que não deveriam ser absorvidas. Com isto, o corpo inflama e o risco de doenças, como problemas na tireóide, diabetes, reumatismo, artrite, nefrite e até infertilidade aumenta.

Algumas lectinas são chamadas de fitohemaglutininas, e são encontradas principalmente em leguminosas. Por exemplo, o feijão cru é a principal fonte, e se consumido sem cozinhar pode provocar envenenamento por lectina, que causa dor abdominal intensa, inchaço, gases, vômitos e diarreia. 

É verdade que, quando consumidas em excesso, as lectinas podem trazer problemas, mas vários alimentos fonte de lectinas são bastante nutritivos, fornecendo fibras, vitaminas, minerais e fitoquímicos diversos. Deixar de molho e em ambiente ácido (por exemplo, com gotas de limão) ajuda a reduzir lectinas nos alimentos.

Caso decida excluir alimentos de sua alimentação, converse com um nutricionista para que não faltem na sua dieta compostos importantes à preservação da sua saúde. O ideal é preparar o organismo para que depois de um tempo o organismo volte a tolerar as lectinas, mesmo que em menor quantidade. Fortalecer o intestino e a imunidade fazem parte do tratamento.

O autor Steven R. Gundry, no livro “The Longevity Paradox” (2019), sugere uma redução do consumo de lectinas, principalmente minimizando o consumo de bolos, biscoitos, pizza, pães e outros produtos feitos a partir do trigo. Resumi o livro para você neste vídeo:

LIVROS IMPORTANTES PARA LER E APRENDER MAIS:

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/