Diferença entre doença mental e desordens neurológicas

Problemas na pele são tratados por dermatologistas, problemas no estômago pelo gastroenterologista. Porém, queixas nerológicas e psiquiátricas tendem a confundir-se. De forma bem simplificada, as desordens neurológicas envolvem mal funcionamento ou dano do sistema nervoso (cérebro, medula ou nervos). Já nas doenças mentais a estrutura do sistema nervoso pode estar intacta mas podem existir alterações no estado emocional ou no comportamento.

Em geral, o primeiro passo é avaliar se sintomas como irritabilidade, fadiga ou mudanças na capacidade de memorização estão associadas ou não a danos ou degeneração dos tecidos do sistema nervoso. As desordens neurológicas mais comuns são: transtorno do espectro autista, Alzheimer, epilepsia, esclerose múltipla, doenças causadas por traumas ao cérebro, meningite, Parkinson, doença de Huntington. Em caso de suspeita de qualquer uma destas desordens o paciente é encaminhado ao neurologista. A consulta inicia-se pela coleta de dados, história, presença de sinais e sintomas e exame físico que inclui teste de reflexos, tremores, rigidez, equilíbrio, velocidade de movimentos. O profissional definirá a primeira linha de tratamento (como uso de medicação) e a necessidade de terapias complementares, incluindo fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, nutrição etc.

Nas doenças mentais existe uma mudança de comportamento que gera estresse, sofrimento significativo ou prejuízo na execução de tarefas corriqueiras. São exemplos de doenças mentais ou psiquiátricas: depressão, ansiedade, síndrome do pânico, esquizofrenia, transtornos alimentares, estresse pós-traumático, transtorno bipolar, transtorno obsessivo-compulsivo, transtornos psicóticos, transtornos de personalidade, etc.

As causas das doenças mentais não são tão claras, existindo várias hipóteses genéticas e ambientais, que devem ser consideradas no processo de diagnóstico e na proposta de tratamento. Psiquiatras e psicólogos conduzirão entrevistas para definição de um diagnóstico baseado no DSM-5, o manual de doenças mentais. Os diagnósticos do DSM-5 não são universalmente aceitos visto que a maior parte das doenças são geradas pela interação de diversos fatores, biológicos, sociais, interpessoais. De qualquer forma, psicólogos e psiquiatras definem para estas doenças a primeira linha de tratamento e costumam indicar terapias complementares com base no diagnóstico realizado e nas necessidades de cada paciente.

As doenças mentais e as desordens neurológicas afetam áreas diferentes do cérebro mas também podem coexistir. Por exemplo, uma pessoa pode ter Alzheimer e depressão, autismo e ansiedade e assim por diante.

O comediante Robin Williams, que suicidou-se em 2014 havia sido diagnosticado com depressão mas haviam dúvidas se tinha também doença de Parkinson. A doença pode cursar com dificuldades motoras, tremores, depressão e demência. Após a autópsia o ator foi diagnosticado com demência com Corpos de Lewy, tipo comum de neurodegeneração que causa declínio progressivo da capacidade mental. Ou seja, o sistema nervos é complexo, somos complexos e, por isto, uma equipe multiprofissional gabaritada será capaz de atender melhor um paciente e suas demandas do que a assistência prestada por apenas um especialista.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

Doença, desordem e síndrome - Qual é a diferença?

Apesar de ouvirmos esses termos frequentemente os trocamos com facilidade. Segue um esclarecimento:

Uma doença resulta de uma resposta patofisiológica à fatores internos ou externos. Pode causar sintomas físicos e emocionais, que são utilizados pelos profissionais de saúde para compor o diagnóstico e tomar decisões sobre o tratamento adequado. Exemplos de doenças incluem candidíase, câncer de mama, câncer de próstata e acidente vascular cerebral. A doença tem causa conhecida, 

Uma desordem descreve uma ruptura das funções normais do corpo, em decorrência de uma doença. Por exemplo, a arritmia é uma desordem decorrente de doença cardiovascular. As desordens podem ser físicas, mentais, genéticas, emocionais, comportamentais ou estruturais.

Uma síndrome é uma coleção de sinais e sintomas que caracterizam uma condição particular. A síndrome de Down é uma desordem genética caracterizada por uma cópia extra do cromossomo 21, que resultam em uma combinação de características, presentes ao nascimento. Não existe uma causa única para a síndrome e sim um conjunto de fatores, como idade materna, translocações genéticas, distúrbios de metilação (James et al., 1999).

Em alguns casos, uma síndrome pode ser causada por doenças ou condições médicas. Por exemplo, recentemente foram identificados casos de síndrome de Gillain-Barré em pacientes infectados por vírus, possivelmente inclusive o Zika (Portal G1).

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Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/

O que são hortaliças?

Hortaliça é tudo o que vem da horta. Inclui raízes, tubérculos, caules, folhas, flores, frutos e sementes, sendo popularmente conhecidas como legumes e verduras. As mesmas são fontes de várias vitaminas e minerais, substâncias bioativas e fibras. Possuem um efeito alcalinizante sistêmico muito importante evitando doenças e neutralizando as substâncias ácidas produzidas pelo estresse e consumo de açúcar, refrigerantes, massas e carnes.

Como os folhosos murcham e ficam amarelados rapidamente o ideal seria consumí-los no dia da colheita. Como isto não é possível para a maioria das pessoas, láve-as quando chegar em casa, seque-as e armazene em um recipiente com tampa, no gavetão da geladeira. Hortaliças em temperatura ambiente perdem muitas vitaminas, com excessao da batata. As hortaliças podem ser muito bem aproveitadas, talos e cascas são partes nutritivas, mas lave-as bem.

Sopa de talos

  • Caldo de legumes (água de cozimento das hortaliças)

  • Talos de alface

  • Talos de brócolos

  • Talos de couves

  • 1 couve flor

  • 2 chuchus

  • Amêndoas picadas

  • Azeite

Colocar numa panela os talos previamente lavados e cortados em juliana. Descascar, lavar e cortar em pedaços os chuchus e a couve flor. Juntar a água do cozimento de legumes e deixar cozinhar. Reduzir o preparado a purê, batendo no liquidificador. Servir com algumas amêndoas e um fio de azeite.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/