Domingo termina o horário de verão: o papel da alimentação para a nova adaptação

No início do horário de verão adiantamos os relógios em uma hora com o objetivo de termos luz também durante o início da noite. A ideia foi proposta por George Hudson em 1895 e tem sido usada por vários países para evitar uma crise de energia. No passado economizava-se no uso de lâmpadas incandescentes, que são menos eficientes, principalmente durante a tarde. Adiantar os relógios parece trazer benefícios para o comércio, para a prática de esportes e outras atividades que exploram a luz do sol após o dia de trabalho. Alguns pesquisadores também defendem que, além da economia de energia, mais luminosidade ao final do dia pode ser uma estratégia importante para a redução da criminalidade.

Mas a prática é controversa, recebendo também críticas. Com o horário de verão, as pessoas dormem antes do horário habitual e acordam uma hora mais cedo. Esta alteração do horário de sono, segundo especialistas, pode trazer alguns prejuízos, como sonolência durante o dia, insônia à noite, cansaço e falta de apetite. É a chamada "desordem temporal interna". Na Inglaterra, por exemplo, pesquisadores observaram um aumento de 5% nos ataques cardíacos na primeira semana do horário de verão (Janszky e Ljung, 2008).

No próximo domingo, dia 19/02 o horário de verão vai terminar e precisaremos atrasar o relógio em uma hora.  Para quem sofre de enxaqueca, atrasar o relógio em uma hora, de um dia para outro, pode aumentar a dor. De acordo com o Dr. Alexandre Feldman isto ocorre pois "quem sofre de enxaqueca possui uma sensibilidade a toda e qualquer mudança de rotina".

Os ritmos e ciclos biológicos, principalmente sono e alimentação, influenciam a nossa saúde e o bem-estar. A maioria das pessoas já é obrigada a empurrar os limites desses ritmos ao extremo em virtude de obrigações como trabalho ou estudos. Em geral, as pessoas já dormem mais tarde e acordam mais cedo do que o corpo gostaria.

Mas após 2 meses o corpo se adaptou ao horário de verão. Com o fim do período o corpo passará vários dias tentando novamente se ajustar. O estresse pode aumentar, assim como o desequilíbrio hormonal. Como resultado pode haver maior sonolência, redução da atenção, concentração e memória, piora do humor, maior ansiedade e aumento das crises de enxaqueca.

Para minimizar o problema seguem algumas dicas:

- jante e durma mais cedo até novamente se adaptar;

- faça uma atividade física para combater o estresse;

- Consuma alimentos antiinflamatórios

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/