Intestino ruim, coração estressado

Sabe aquele ditado: “o caminho para o coração de um homem é pelo estômago”?. O ditado vai além, cientificamente falando. Estudos mostram que a saúde intestinal e a saúde do coração estão intrinsecamente ligadas e a chave para um coração forte pode estar no intestino. Para evitar um ataque cardíaco exercite-se, não fume, reduza o consumo de sal e mantenha o intestino funcionando diariamente.

Hoje sabemos que quando bactérias específicas são expostas a uma dieta rica em proteínas, produzem mais toxinas, as quais associam-se a mais inflamação e aumento do risco de problemas cardíacos. Pessoas com crescimento bacteriano intestinal exagerado tem uma chance 80% maior de sofrerem de doenças cardíacas (Adkins & Rezaie, 2018).

Por exemplo, quando certos micróbios do intestino usam colina, encontrada em grandes quantidades em ovos, carnes vermelhas, aves e peixes, produzem trimetilamina (TMA). A TMA pode ser convertida em TMAO, que tem sido associada à formação de placas nas artérias (aterosclerose).

Em uma revisão publicada no Journal of American Heart Association, 19 estudos confirmaram uma ligação entre níveis elevados de TMAO e aumento do risco de doença cardíaca. As pessoas que tinham níveis mais elevados de TMAO no soro sanguíneo eram 62% mais propensas a ter problemas cardíacos (Heianza et al., 2017).

Outro fato interessante é que certos micróbios foram encontrados em placas arteriais de pacientes com doenças cardíacas. Uma das hipóteses é que pessoas com disbiose possuem um revestimento intestinal comprometido, e certos micróbios translocam-se do intestino para a corrente sanguínea, viajando pelo corpo e alojando-se nas paredes das artérias, causando inflamação e contribuindo para doenças cardíacas.

A boa notícia é que tratando a disbiose e substituindo bactérias ruins por bactérias boas, mais ácidos graxos de cadeia curta são produzidos. Os mesmos estão envolvidos na regulação da pressão arterial, juntamente com outras funções fisiológicas. Aprenda a cuidar adequadamente de seu intestino e a proteger seu coração no curso online - DISBIOSE INTESTINAL.

Algumas dicas simples:

  • Evite açúcar.

  • Evite o uso desnecessário de medicamentos que alteram a composição da microbiota (antibióticos, antiinflamatórios não-esteroidais (como Advil e aspirina), antidepressivos, anticoncepcionais.

  • Consuma alimentos fermentados.

  • Se tiver intolerância à lactose ou alergia ao leite deixe este alimento.

  • Adote uma dieta antiinflamatória.

  • Trate a disbiose intestinal.

Dra. Andreia Torres é Nutricionista, especialista em nutrição clínica, esportiva e funcional, com mestrado em nutrição humana, doutorado em psicologia clínica e cultura/ensino na saúde, pós-doutorado em saúde coletiva. Também possui formações no Brasil e nos Estados Unidos em práticas integrativas em saúde. Para contratar envie uma mensagem: http://andreiatorres.com/consultoria/